Sedese fortalece atendimento às mulheres vítimas de violência
A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) trabalhou durante todo o ano de 2019 para o fortalecimento dos Direitos Humanos. Na rede de atendimento à mulher, houve a criação do Grupo de Trabalho Interinstitucional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, que qualificou e mapeou a rede de atendimento às mulheres em situação de violência na capital. O modelo deverá ser levado a todas as regiões do Estado. Além disso, houve a reestruturação do Conselho Estadual da Mulher (CEM), com a nomeação em novembro de novas conselheiras, e a recomposição de pessoal do Centro Risoleta Neves de Atendimento à Mulher (Cerna), que recebeu quatro novas profissionais.
Foi implantado ainda o Sistema Integrado de Monitoramento e Avaliação em Direitos Humanos (Sima Mulher), ferramenta de registro e monitoramento de casos de violências contra grupos sociais sistematicamente vulnerabilizados. Em outubro, o Cerna começou a usar o sistema para registrar e monitorar os casos de violências atendidos pelo serviço, que deve ser levado também a outros órgãos no Estado.
Por meio de videoconferência, foram capacitados profissionais dos Centros Municipais de Atendimento à Mulher para utilização do Sima Mulher.
Certidão de Nascimento
O programa Unidades Interligadas de Registro Civil de Nascimento (UIs), coordenado pela Sedese, virou referência para 15 estados brasileiros durante o IX Encontro Nacional de Promoção do Registro Civil de Nascimento e do Acesso à Documentação Básica, realizado em novembro, no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, em Brasília.
Implantado em 2013, o programa permite que as mães já saiam das maternidades com a Certidão de Nascimento dos filhos em mãos, garantindo o pleno exercício da cidadania nas primeiras horas de vida da criança. De lá para cá, já foram criadas no Estado 65 Unidades Interligadas, responsáveis pela emissão de 242.103 Certidões de Nascimento até o dia 30 de dezembro.
Neste ano, já foram instaladas oito unidades nas cidades de Barão de Cocais, Betim, Carangola, Formiga, Governador Valadares, João Pinheiro, Manhuaçu e Ouro Preto. O programa beneficiará ainda os municípios de Três Corações e Uberaba.
Formação
A Escola de Formação em Direitos Humanos tem permitido a oferta de cursos de capacitação e atualização tanto para agentes públicos estaduais e municipais quanto para estudantes e sociedade civil em geral. As formações tiveram início em 2015, atendendo até agora 823 municípios, com 10.606 certificados emitidos neste período.
Neste ano, a escola conquistou o 3º lugar no Prêmio Inova Minas Gerais categoria “Iniciativas Implementadas de Sucesso”, coordenado pela Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag). A qualificação continuada em direitos humanos tem contribuído para o fortalecimento da democracia, do desenvolvimento, da justiça social e para a construção de uma cultura de paz por meio da Rede de Educação em Direitos Humanos de Minas.
Ônibus Lilás
Equipado com salas e com metodologia desenhada para a integração da rede local, o ônibus Lilás tem levado às comunidades rurais informações sobre direitos humanos e sobre violência contra a mulher, por meio de rodas de conversa. Neste ano, foram realizadas ações em Ribeirão das Neves e Itajubá. O veículo também percorreu municípios da Regional da Sedese em Teófilo Otoni, atendendo inclusive comunidades quilombolas. As ações contaram com o apoio do Centro de Referência em Direitos Humanos e funcionários da regional da Sedese.
O subsecretário de Direitos Humanos da Sedese, Thiago Horta, fez um balanço das ações. “Fechamos o ano de 2019 com o cumprimento das ações de proteção e promoção de direitos humanos, mesmo com as dificuldades financeiras que passa o Estado. Destacamos as ações de formação executada pela Escola de Formação em Direitos Humanos que, somente neste ano, recepcionou 2 prêmios de experiência exitosa, sendo uma nacional e outra estadual. Das diversas ações empreendidas em 2019, está o Sistema de Monitoramento e Avaliação em Direitos Humanos, se apresentando como um grande desafio na modelagem das redes de proteção e no acompanhamento das violências em Direitos Humanos”, destacou.