Mesmo com uma ligeira alta em relação ao trimestre anterior, estado continua registrando uma das menores taxas de desocupação do país
De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (16/5), a taxa de desocupação em Minas Gerais ficou em 5,7% no primeiro trimestre de 2025, abaixo da média nacional que foi de 7% no mesmo período.
O resultado coloca Minas entre os estados com melhor desempenho no mercado de trabalho, à frente inclusive de grandes economias, como São Paulo e Rio de Janeiro que registraram taxas superiores, 6,2% e 9,3%, respectivamente. O número também é inferior à taxa registrada na capital mineira, Belo Horizonte, que ficou em 6,1%.
Para a diretora de Monitoramento e Articulação de Oportunidades de Trabalho da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), Amanda Carvalho, o resultado é comum para essa época do ano.
“A alta no início de cada ano é um movimento sazonal e o principal motivo para esse cenário é o fim dos empregos temporários decorrentes das contratações de fim de ano”, ressalta. “Apesar da leve oscilação, Minas se mantém em um patamar historicamente baixo e demonstra a resiliência da economia e da geração de empregos”, salienta a diretora.
A taxa de 5,7% representa uma alta de 1,4 ponto percentual em relação ao quarto trimestre de 2024, quando o índice atingiu o menor índice da história no estado (4,3%). Ainda assim, o número é menor do que o registrado no mesmo período do ano passado (6,3%). Desde o primeiro trimestre de 2021, quando o desemprego chegou a 13,9% em Minas, o estado vem registrando uma trajetória consistente de queda na desocupação.
Empregos em alta
Apesar do aumento registrado nos três primeiros meses do ano, o nível de ocupação foi de 60,8%. Isso significa que mais da metade das pessoas em idade para trabalhar estão empregadas atualmente em Minas Gerais, o que mostra a força do mercado de trabalho local, mesmo diante de oscilações conjunturais.
Os últimos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados em abril, também reforçam o bom momento da economia mineira. Somente entre janeiro e março de 2025, foram criadas 75.896 vagas com carteira assinada. No acumulado desde 2019, já são mais de 951 mil postos formais gerados no estado — o que aproxima Minas da meta de 1 milhão de empregos até 2026.
“O Governo de Minas tem trabalhado para criar um ambiente favorável ao trabalho e à geração de renda. A desburocratização da máquina pública e os investimentos em infraestrutura, além da qualificação profissional têm sido fundamentais para atrair empresas, estimular o empreendedorismo e manter a empregabilidade em alta no estado”, afirma a secretária de Estado de Desenvolvimento Social, Alê Portela.
Investimento que gera emprego
Esse cenário positivo também está atrelado ao volume recorde de investimentos privados atraídos por Minas Gerais. Desde 2019, o estado já contabiliza mais de R$ 460 bilhões em investimentos, com uma média anual de R$ 80 bilhões — valor significativamente superior aos R$ 11 bilhões anuais registrados no período entre 1998 e 2018.
Com uma política de desenvolvimento voltada à simplificação, à confiança do investidor e à valorização do trabalhador, Minas Gerais segue como um dos principais motores do crescimento econômico e da geração de oportunidades no país.