Minas Gerais ganha destaque nacional com estudo sobre pobreza desenvolvido pela Sedese

Print

Já pioneira, ferramenta vem fortalecendo políticas públicas em Minas Gerais

IPM Minas estudo

O pioneirismo de Minas Gerais na construção de políticas públicas mais eficazes e sensíveis à realidade da população foi reconhecido em nível nacional. O Índice de Pobreza Multidimensional de Minas Gerais (IPM Minas), elaborado e monitorado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), foi destaque na 39ª edição do Caderno de Estudos: Índices Multidimensionais de Pobreza.

Para a secretária de Estado de Desenvolvimento Social, Alê Portela, o reconhecimento é uma conquista coletiva que reflete o compromisso da Sedese com a justiça social e a inovação.

“O IPM Minas é uma ferramenta que nos permite olhar para além dos números. Ele nos ajuda a entender onde estão as maiores privações e como podemos atuar para garantir dignidade, inclusão e oportunidades para todos os mineiros e mineiras”, afirma a secretária Alê Portela.

O convite para a Sedese compartilhar a experiência mineira com o IPM Minas reforça a importância da iniciativa estadual e sua contribuição para o debate nacional sobre o enfrentamento à pobreza. Além disso, reafirma que Minas Gerais é pioneiro na realização do cálculo de pobreza multidimensional entre os estados do país.

Inovação é prioridade em Minas

Fruto de uma construção técnica robusta e inovadora, o IPM Minas foi desenvolvido pelo Escritório de Dados, do Núcleo Estratégico de Integração, Regionalização e Inovação, em parceria com o Banco Mundial, com consultorias da Wiser Responder e validação metodológica de pesquisadores da Universidade de Oxford – instituição criadora do conceito original do índice de pobreza multidimensional.

O diferencial da metodologia adotada por Minas Gerais está na superação da visão de pobreza baseada estritamente na renda, incorporando múltiplas dimensões da vida humana no cálculo do nível de pobreza das famílias. O índice mineiro é composto por 12 indicadores socioeconômicos, organizados em quatro grandes dimensões: saneamento básico, educação, padrão de vida e trabalho.

Para a chefe do Núcleo Estratégico de Integração, Regionalização e Inovação da Sedese, Beatrice Corrêa, o IPM Minas representa um avanço significativo na forma como o Estado formula suas políticas públicas.

“Minas Gerais inova ao trazer uma lente mais completa para o enfrentamento da pobreza. O IPM Minas nos permite identificar as reais vulnerabilidades que as famílias vivem no dia a dia e, com isso, atuar de maneira mais estratégica, eficiente e humana. É um trabalho pioneiro que demonstra o compromisso do Estado com uma política social baseada em evidências e centrada nas pessoas”, afirma Beatrice.

Ao considerar esses diferentes eixos, o IPM Minas analisa, com base nos dados do Cadastro Único (CadÚnico), as vulnerabilidades vivenciadas pelas famílias em todo o estado. Esse passo é fundamental para a atuação eficiente do Estado que já vem utilizando a ferramenta na elaboração, implementação e avaliação de diferentes políticas públicas e melhor investindo para superação da pobreza.

Eficiência nas políticas públicas

Essa abordagem permite à Sedese planejar, implementar e monitorar suas políticas públicas com maior precisão, priorizando territórios e populações em situação de maior vulnerabilidade. Além disso, o índice possibilita acompanhar o impacto das ações sociais ao longo do tempo, contribuindo para uma gestão pública mais eficiente e focada na transformação da realidade das pessoas.

Destaque nacional

A publicação da Secretaria Nacional de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único (SAGICAD) é uma das principais referências na área de avaliação de políticas sociais no Brasil. Produzida desde 2005, a revista reúne análises e experiências inovadoras de todo o país, com o objetivo de aproximar o conhecimento técnico-científico da gestão pública.

A publicação nacional reforça o protagonismo de Minas Gerais na agenda de combate à pobreza e coloca o estado como referência nacional na utilização de indicadores multidimensionais para orientar políticas públicas. Além disso, abre espaço para a troca de experiências com outras unidades da federação e instituições de pesquisa, fortalecendo a construção coletiva de soluções para um dos maiores desafios sociais do país.

Confira o artigo completo sobre o IPM Minas na revista Desenvolvimento Social em Debate: Índices Multidimensionais de Pobreza.