Produto atende a crianças de famílias vulneráveis e também ajuda a fortalecer a agricultura familiar
O programa Leite para a Primeira Infância completou em 3 de maio um mês de funcionamento, com a distribuição gratuita de 30 mil litros para 5.300 famílias atendidas. O programa atende a crianças com idade entre 2 e 6 anos, em situação de vulnerabilidade social e filhas de mães solo. Cada família recebe três litros de leite por semana.
Inicialmente estão sendo atendidos 55 municípios das regiões do Vale do Rio Doce, Vale do Jequitinhonha, Norte, Noroeste, Central e Vale do Mucuri, com previsão de atendimento de 15 mil famílias. A expectativa é que o programa seja ampliado para outras regiões do estado. O programa é uma iniciativa do Governo de Minas por meio do Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas (Idene) e da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedese). Aliado aos aspectos nutricionais e de segurança alimentar para as crianças atendidas, o programa fortalece também a agricultura familiar, na medida em que o leite é obtido de produtores familiares que, com isso, têm uma garantia de renda, fomentando assim a economia local.
Mães contentes
Eliene Margarida Marques Godinho é secretária de Assistência Social de Água Boa, município do Vale do Mucuri e informa que o programa foi muito bem recebido pelas mães, especialmente porque a cidade é muito carente. “Muitas mães não tinham o leite em casa porque não podiam comprar. Então, quando foram informadas de que a distribuição será sempre semanal ficaram mais contentes ainda”, diz. No primeiro mês de funcionamento do programa em Água Boa foram atendidas 189 famílias.
A secretária relata que o leite chega inclusive para mães que estão em localidades mais afastadas, em distritos até 78 quilômetros distante da sede do município. A distribuição é feita pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras).
“Temos um distrito com 22 famílias que fica a 22 quilômetros da sede, mas garantimos que o leite chegue para as crianças. Em lugares assim, as técnicas do Cras combinam com as famílias a entrega do leite após as 16 horas, quando muitas retornam do trabalho nas plantações de café da região”, diz. Eliene Godinho ressalta também o apoio do Idene na condução do programa, esclarecendo com prontidão as dúvidas que vão surgindo.
Economia
Em Teófilo Otoni, onde o programa foi lançado em 3 de abril, a coordenadora do programa e primeira dama do município, Fabiola Vilas Boas Marinho, relata que a iniciativa representa um marco na cidade. “Essa parceria entre o Estado de Minas e o município de Teófilo Otoni tem impactado na economia das mães solo e de seus filhos, possibilitando a segurança alimentar e nutricional”, diz.
Em Botumirim, município do Norte de Minas, distante cerca de 180 quilômetros de Montes Claros, o programa veio suprir uma lacuna importante, uma vez que o município “é extremamente carente”, conforme relata a secretária de Assistência Social da prefeitura, Karen Dayanne Rodrigues.
No primeiro mês de funcionamento do programa no município foram atendidas 93 famílias moradoras das áreas urbana e rural. “A entrega do leite faz toda diferença para as famílias atendidas. Muitas mães não tem um alimento para as dar às crianças logo cedo, ao acordar, por isso é tão importante a entrega do leite”, argumenta. Assim como em Água Boa, o leite é entregue para famílias moradoras de distritos distantes da sede do município, como Adão Colares e Santa Cruz, distantes cerca de 40 quilômetros.
Compromisso com a infância
A secretária de Estado de Desenvolvimento Social, Alê Portela, reafirma o compromisso do Governo de Minas com a primeira infância e celebra os resultados alcançados no primeiro mês de funcionamento do Programa Leite para a Primeira Infância.
“Completamos o primeiro mês do programa com resultados muito positivos, oferecendo um alimento nutritivo e saudável, essencial para complementar a alimentação das famílias atendidas e fortalecer a saúde das nossas crianças mais vulneráveis. Este é um passo concreto no enfrentamento da insegurança alimentar em Minas Gerais”, destaca a secretária.
Ela também ressalta o impacto social e econômico da iniciativa que além de cuidar da saúde das crianças, movimenta a economia local, gerando renda para pequenos produtores rurais e promovendo o desenvolvimento das regiões atendidas. “Estamos falando de uma política pública que articula assistência social, segurança alimentar e fortalecimento da economia, garantindo dignidade, inclusão e mais oportunidades para as famílias mineiras”, completa Alê Portela.
O diretor-geral do Idene, Henrique Oliveira Carvalho, relata que o primeiro mês do programa funcionou dentro do que estava planejado e comemora a distribuição de 30 mil litros. Ele ressalta a importância do programa ao atender a famílias vulneráveis num momento importante para as crianças, que estão em fase de crescimento e desenvolvimento cognitivo e necessitam de alimentos nutritivos para crescerem sadios. “Esse complemento alimentar faz toda a diferença na vida de uma criança”, diz.