A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), por meio do Observatório do Trabalho do Estado de Minas Gerais, em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), lançou o boletim “A inserção das mulheres mineiras no trabalho desprotegido em tempo de pandemia: uma análise comparada”. O estudo tem o intuito de produzir informações para subsidiar as ações do Observatório do Trabalho no estado.

A publicação destaca que as mulheres mineiras, em comparação aos homens, estiveram presentes em menor proporção nas ocupações e apresentaram maiores taxas de desemprego, sendo mais representativas fora da força de trabalho.

O documento aponta ainda que no quarto trimestre de 2021 mais de 4 milhões de pessoas estavam ocupadas em trabalho desprotegido em Minas Gerais, o equivalente a 40% do total de ocupados. A recessão econômica e a pandemia do coronavírus impactaram da mesma forma tanto os homens, quanto as mulheres mineiras.

Em relação aos grupos ocupacionais o estudo observou que os homens em trabalho desprotegido eram, em sua maioria, profissionais de ocupações elementares, trabalhadores qualificados, operários, artesãos da construção, trabalhadores qualificados da agropecuária, florestais, da caça e da pesca.

Já as mulheres se mostraram mais frequentes em serviços de venda nos comércios e mercados; profissionais de ocupações elementares, profissionais das ciências e intelectuais. Durante a pandemia houve um aumento em ocupações elementares.

Este boletim é o primeiro de um conjunto de três previstos que tem como objetivo analisar a evolução do fenômeno da desproteção no mercado de trabalho de Minas Gerais, nas fases pré, durante e pós pandemia, além de descrever o perfil e as condições de trabalho das pessoas ocupadas neste tipo de inserção.

Além da Sedese e do Dieese, também são parceiras nessa iniciativa a Fundação João Pinheiro (FJP) e a Fundação Jorge Duprat Figueiredo (Fundacentro-MG).