“Mudar é muito difícil, mas vamos fazer isso porque queremos dar exemplo como servidor público e sermos orgulhosos daquilo que a gente faz. E vamos chegar lá com um pouquinho de cada um. Isso é cultura organizacional. Quero ser um bom exemplo de servidor e que as pessoas nos vejam como um grupo de servidores de excelência”. O recado foi dado nesta terça-feira (20/7) pela secretária de Estado de Desenvolvimento Social Elizabeth Jucá para mais de 470 funcionários da Pasta, que participaram do webinário ‘Jeito de Ser e de Fazer’, que são os valores e práticas que devem pautar a conduta dos servidores na administração pública estadual.

Elizabeth Jucá, que ingressou no serviço público aos 21 anos, afirma que as pessoas tiveram muitas oportunidades na vida, mas muitos escolheram o serviço público. “E ser servidor público é para servir”, afirma, dando exemplo de que nesta pandemia a equipe da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) conseguiu dar uma resposta rápida à população vulnerável, com a concessão do Auxílio Emergencial e doação de cestas básicas. “Vencemos a morosidade e a inércia, trabalhamos coletivamente e diminuímos a burocracia para o que precisávamos fazer, que era atender o público vulnerável. Isso é dar exemplo como servidor público”, enfatizou.

Mediado pela assessora de Comunicação, Tatiana Ministério o webinário foi aberto com um vídeo do governador Romeu Zema, que salientou a nova forma de atuação dos servidores no governo de Minas.  “O projeto Valores e práticas do governo de Minas tem por objetivo transformar o Estado num lugar melhor para viver e investir. Para que isso ocorra, é fundamental o envolvimento de nós, servidores públicos. O projeto começou com uma rodada de debates feita em conjunto com os secretários, assessorados pela consultoria Betânia Tanure Associados. Nós descrevemos os comportamentos que acreditamos serem necessários para que possamos ser um Estado no qual o servidor pode servir com orgulho e excelência, gerando resultados para os mineiros, além de realizar-se como profissional”, disse.

Durante o evento, os servidores tiveram acesso também a um vídeo com as práticas defendidas pelo governo de Minas, como o combate à corrupção e o trabalho com integridade, agir com ética e de maneira simples e eficiente, atuar com proatividade e responsabilidade, colaborar e fortalecer a integração e dar exemplo como servidor público.

“A gente tem um potencial de fazer muito, mas depende essencialmente da nossa atuação enquanto seres humanos e servidores da Sedese”, disse o assessor Jurídico da Secretaria, Vitor Mangualde, lembrando que cada real que a Secretaria repassa, isso significa muito e tem um grande poder de multiplicação e de se reverter em benefício da sociedade.  “O nosso jeito de ser e fazer é um esforço, uma necessidade, uma atitude individual de reconhecimento da responsabilidade de cada um nesse processo coletivo, que é processo de construção de uma Sedese que de fato entregue muito para a sociedade que precisa. E o pensamento individualista, que passa lá no fundo da nossa mente, tem que de fato ser analisado por cada um de nós, com senso crítico. A partir disso, a gente pode contribuir e fazer muito”, enfatizou, lembrando que o combate à corrupção é um papel de todos os servidores, que devem agir com proatividade, com ética, com respeito, zelo e com senso crítico.

O diretor de Recursos Humanos da Sedese, Weslei Santos, lembrou que agir com ética, de maneira simples e eficiente é de extrema importância, principalmente na gestão de pessoas e nos processos relacionados à Sedese, que tem uma estrutura com cinco subsecretarias. “Os nossos processos devem ser executados de uma maneira clara, transparente, onde a gente deve desconstruir falas de burocracias, ‘que isso é difícil demais, que isso não dá para fazer’, porque o jeito de ser e fazer é um jeito de evolução dos processos executados pelos servidores públicos. A fala de que o servidor público simplesmente deixa para depois, isso já não existe mais. Estamos em evolução. Hoje a administração pública evoluiu muito em questão de processos eletrônicos, tecnológicos, e nós estamos caminhando para que esses processos sejam cada vez mais executados de maneira corretas por nós servidores”, disse, lembrando que ética é o servidor ter o compromisso com tudo o que é demandado, de cumprir as ações combinadas com os gestores de maneira simples e eficiente, trazendo resultados favoráveis para que as ações se desenvolvam de fato.

José Francisco Filho, o Pelé do Vôlei, subsecretário de Esportes da Sedese, lembrou um pouco de sua trajetória de vida, a passagem pela Fundação Estadual de Bem-Estar do Menor (Febem) e as lições apreendidas no esporte que pôde levar para a vida pública. “Os valores que o esporte me ensinou foram ética, determinação, humildade, ouvir mais e falar menos, e uma das coisas principais, que sempre tive e tenho, que é aquele algo a mais para vencer na vida. E esses valores que eu aprendi no esporte, aplico hoje com a minha equipe, que é ampliar os entendimentos, ter ética, transparência e não resistir às mudanças, já que a gente está sempre aprendendo, além da proatividade, e a vivência em equipe, que é muito importante”, disse.

“Hoje, tenho o prazer de falar que a Sedese é a minha cara e a minha casa e poder passar essa minha experiência para a minha equipe, para alguns subsecretários e para o servidor em geral. Tenho a honra muito grande de ser servidor da Sedese e de ser comandado pela secretária (Elizabeth Jucá), onde aprendi muito e continuo aprendendo”, disse lembrando de frase exposta em elevador da Cidade Administrativa, quando ingressou na Sedese, que aponta que a imagem que o servidor público tem, vem do exemplo que ele dá.

Ao ser questionado por Elizabeth Jucá sobre quando um jogador não vai na bola em um jogo de vôlei, Pelé respondeu que o ponto vai para o adversário. “Mas nós temos que ter sabedoria. Não foi na bola porque cochilou ou chegou atrasado um pouquinho. Vamos levantar ele do chão, dar a mão e dizer, valeu, a próxima bola não vai cair”, ensina, lembrando a importância do trabalho em equipe.

Já o superintendente de Integração, Segurança Alimentar e Nutricional, Henrique Oliveira Carvalho, que abordou o tema colaborar e fortalecer a integração, destacou que integrar significa essencialmente tornar inteiro. “Nosso objetivo com a integração é fazer com que partes separadas desse modelo, até da administração pública, que vem de muitos anos, com os setores separados trabalhando no seu quadrado, se tornem uma grande engrenagem, que no caso da Sedese, sejam ações de desenvolvimento social”, afirma, lembrando que esse trabalho na Secretaria foi desafiador.

“ A integração é importante sobre vários aspectos. O primeiro ponto é que ela acontece como uma magia. A gente precisa internalizar o trabalho do outro. É importante também por questões de eficiência e efetividade. É uma sinergia que pode acontecer. A gente percebe na nossa atividade do dia a dia que existem outras ações na Secretaria que poderiam ajudar. Um exemplo é o programa Percursos Gerais. A gente coloca a família no centro e vai tentando costurar alianças e ações de vários setores, secretarias e outros entes para ajudar na transformação e na mudança de vida daquela pessoa”, afirma, enfatizando ainda que a integração gera também eficiência.

O diretor da Regional da Sedese em Varginha, no Sul de Minas, Vigmar Santos, que falou em nome dos outros 21 diretores regionais da Secretaria, enfatizou também a importância dessa integração. “Estamos junto com os municípios compartilhando e solucionando os problemas que temos nos territórios. Essas iniciativas demostram que as Regionais estão como partes atuantes no desenvolvimento de políticas públicas estaduais. É trabalhar as políticas territoriais como modelo de desenvolvimento socioeconômico, cultural e sustentável, de forma cada vez mais participativa em cada município, desde Serra da Saudade até Belo Horizonte. É isso que as Regionais estão fazendo diariamente, aproveitando os potenciais e vocações de cada um dos 22 territórios, integrando ações do governo”, afirmou.

O webinário contou com participação efetiva dos servidores. Michelle Ralil afirmou que é fundamental repensar e renovar as perspectivas de trabalho com possibilidades conscientes e mais assertivas. “Humanizar a comunicação de forma genuinamente sincera é uma estratégia importante para refletir a imagem do servidor público de forma humanizada, e próxima dos cidadãos. Aproxima e constrói junto”, disse.

Já Clever Alves Machado parabenizou os organizados do evento e salientou a importância de se ter novos encontros como este.  “Parabéns ao Weslei e Pelé, a experiência de vocês é motivadora. Temos muito orgulho de vocês”, destacou.